segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Cruzar de caminhos...

Um dia entraste na minha vida
despertaste-me,
conquistaste-me,
mostraste-me
que existe o amor;
mesmo sem sentir
o teu ser, o teu cheiro,
a tua voz era capaz de me transmitir
de forma embriagante
desejos, delírios,
uma louca vontade,
um querer
tudo de maneira intensa.
Tudo era possível,
o impossível não existia,
era o nosso mundo
podia sentir-te comigo,
em mim,
e uma grande reciprocidade.
Eram beijos, toques,
um vasculhar.
Cada pedacinho,
cada curva
buscávamos em nós
a sinergia da entrega,
um encontro de almas,
algo sublime, inusitado, peculiar
o escutar ao ouvido.
Estávamos nas nuvens,
em busca do universo,
da galáxia,
da mais bela das estrelas
que pudesse testemunhar
um instante,
um momento,
um adorar,
uma paixão,
um amor!
Eu, Tu, Nós
ávidos, tenros,
e de forma veemente
austera a vida voltou
a cruzar os nossos caminhos
se estamos,
se vamos e
ou para onde vamos
não sabemos
simplesmente sentimos.

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