"Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colmeia com medo das picadelas das abelhas"
terça-feira, 29 de abril de 2008
Presente cá dentro
"Cada pessoa que passa pela nossa vida deixa-nos um presente cá dentro. Está embrulhado. Quando menos se espera desembrulha-se e revela-se. Às vezes é um trauma; outras vezes, uma flor. Às vezes acrescenta-nos um ponto; outras vezes retira-nos tudo"
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Gostar de alguém...
Porque gostei deste texto e me revi nele em tantos e tantos aspectos, decidi colocá-lo aqui... são algumas verdades tão obvias que por vezes nos passam ao lado...são frases que me são muito familiares, ou porque as ouvi ou porque as pronunciei...
"Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.
Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?
Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.
Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.
Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós."
F. Alvim, o Ganda Maluco
"Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.
Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?
Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.
Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.
Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós."
F. Alvim, o Ganda Maluco
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Pelo caminho
"há pedras no caminho mas há também uma sombra fresca debaixo de um carvalho centenário.. e alguém aparece!! esquece os atalhos. goza a paisagem. conhece gente pelo caminho. e descobre-te!"
Copiei estas palavras de um comentário de um post do blog de uma amiga...desde já esclareço o plágio!
Depois de tropeçar por tantas pedras pelo caminho nada como sentar à sombra de um carvalho centenário, apreciar a paisagem e ir conhecendo quem por ali passa...cada um diferente do outro...com os seus defeitos e qualidades...
Aqui me encontro eu, sentada á sombra, tranquila e descontraída...
Tranquilamente e descontraídamente olho para essas mesmas pedras que me fizeram tropeçar, algumas mais que uma vez, sem rancor nem ódio...
quarta-feira, 16 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Solidão
Hoje decidi escrever sobre a solidão...afinal de contas esse foi um dos grandes motivos pelos quais decidir criar um blog...pela solidão que sentia na altura e como forma de ocupar muitos dos momentos que passava em casa sem nada para fazer, sem ninguem com quem falar...
Os ultimos tempos têm sido de muita solidão...Não uma solidão por vontade própria, também mas não só, como que uma espécie de solidão forçada...aquela que surje quando não temos com quem conversar, com quem ir passear...No entanto, por vezes sinto-me bem por entre esta solidão...a verdade é que muitas vezes fico sozinha porque nao me apetece sair de casa, e não me apetece porquê? Não sei, a verdade é que a minha vontade se resume a ficar na cama o dia todo, sem grande vontade dela sair, tomar um banho, vestir qualquer coisa, apanhar o bus e ir até qualquer lado...além das aulas nada mais me faz sair de casa...
Quando nos encontramos em momentos de solidão limitamo-nos a pensar em tudo aquilo que antes preenchia este vazio que agora sentimos e ao qual chamamos de solidão, ou seja, recordamos...e atrás dessa recordação vem uma grande saudade, saudade desses momentos em que outrora fomos felizes e não sentiamos solidão, porque haveria esta ou aquela pessoa ali, quer seja através da sua presença, do seu telefonema ou da sua mensagem, aquela pessoa a quem não atribuímos a devida importância, a quem não dissemos simplesmente "és importante para mim" e quando damos por nós essa presença deixou de ser preenchida e ficou apenas um vazio...um vazio que deu lugar à solidão.
"Solidao,
Há muito tempo que conheço essa palavra...mas n me queixo
quase sempre ela é a minha unica companheira
Nao importa onde eu esteja,
No meio da multidao,
Ou sozinha, ou à noite, no meu quarto...
Aqui está ela
Sarcasticamente, sorrindo ao meu lado,
Mas, mas aqui esta ela
Sempre ao meu lado.
Eu odeio-a com todo o meu amor...
Ela consome.me um pouco a cada dia
Ela ama.me
Ela está sempre do meu lado
Está sempre a sorrir
Mas não é isso que me incomoda,
Pior seria:
Se nem ela estivesse aqui!"
Volta para preencher este vazio que a pouco e pouco me consome...
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Teoria do espelho...
Do outro lado vejo o meu lado mais atrevido, o meu lado mais calmo...
Aquele que diz avança quando tenho medo de arriscar...
Aquele que me ouve quando preciso de desabafar, de deitar cá para fora o que me irrita...
Aquele que me "empresta" o ombro amigo para chorar...
Mas também aquele que sorri comigo nos momentos mais alegres...
O meu companheiro dos bons e dos maus momentos...
O motivo do meu sorriso ao deitar e ao acordar...
Aquele que me completa em tudo aquilo que eu não sou...
Aquele que reflecte aquilo que eu nao sou mas sim aquilo que gostaria de ser..
A teoria do espelho...
Contrariando a teoria das almas gémeas eis que surge a teoria dos espelhos...
Não o espelho que reflecte tal e qual aquilo que somos, mas sim aquele espelho que reflecte aquilo que gostaríamos de ser...
Não procuramos uma pessoa igual a nós..procuramos sim alguém que nos complete..nos complete naquilo que não somos, daí procurarmos alguém que neste ou naquele aspecto seja aquilo que nós não somos e gostaríamos de ser...Alguém tímido procura alguém mais atrevido, se não que sería de dois tímidos? Que futuro? Ou então dois grandes malucos? Tem que haver sempre um mais e um menos...um ponto de equilíbrio...duas pessoas absolutamente iguais juntas não resultam...
Quando digo procurar não o faço no sentido restrito da palavra...não significa que andamos realmente aí à procura como que de um tesouro... é um à "procura", entre aspas...
Alguem igual a mim seria uma seca..ja basta ter que levar com aquilo que sou...tem que ser alguem diferente com outros defeitos e outras qualidades...alguém que me faça ir em frente quando tenho medo de arriscar, alguém que não tenha medo da palavra NÃO como eu tenho...alguem que tenha a iniciativa que eu não tenho...
Por onde será que anda o meu espelho??
Preciso de ti...
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Cantiga de amor
"Preferias que cantasses noutro tom
que te pintasse o mundo doutra cor
que te pusesse aos pés um mundo bom
que te jurasse amor, eterno amor.
Querias que roubasse aos sete estrelo
a luz que te iluminasse o olhar
embalar-te nas ondas com desvelo
levar-te até à lua para dançar.
Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre, se quisermos
ou então se preferires, fica aí
que ninguem há-de saber o que disseres
Talvez até pudesse dar-te mais
que tudo o que tu possas desejar
não te debruces tanto que ainda cais
não sei se me estás a acompanhar
Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre, se quisermos
ou então se preferires, fica aí
que ninguem há-de saber o que disseres
Podia, se quisesses, explicar-te
Sem pressa, tranquila, devagar
e pondo, claro está, modéstia à parte
uma ou duas coisas, se calhar
Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre, se quisermos
ou então se preferires, fica aí
que ninguem há-de saber o que disseres"
quarta-feira, 2 de abril de 2008
ki2
O ki2, conhecido por alguns, desconhecido para outros, eu gostaria de conhece-lo muito bem, anda a atormentar-me nos exercicios de multivariada...Ora o ki2, permite-nos,na análise multivariada, saber se existe ou não associação entre variáveis
Eis a sua fórmula
c2 = Σ(|O-E|-1/2)2
Porque não existe uma fórmula para aplicarmos na nossa vida, como existe nos exercicios de matemática? Tanta coisa que seria facilitada...Seríamos mais felizes, acabaríamos com muitos dos problemas existentes nas nossas vidas...problemas que à luz de muita gente se resume a tretas....sim porque a noção de problema é muito relativo...Aquilo que eu entendo como sendo problemas na minha vida quando comparados com os problemas de muita gente ficarão reduzidos ao rídiculo...No entanto, são os meus problemas, as minhas preocupações, as minhas inquitações...Nas ultimas duas semanas estive afastada daquilo que entendo serem os meus problemas, as minhas inquietações, daquilo que me tira o sono e daquilo que me ocupa o pensamento quando estou no bus ou no metro... E cheguei a uma conclusão, quanto mais distantes estivermos dessas inquietações mais fácil se torna para nós. Pela primeira vez em muito tempo fui de férias tranquilamente, sem saudades daquilo que deixei para trás, de quem deixei para trás e sem vontade de voltar... Será que é porque realmente não tenho nada realmente importante que me prenda aqui, me faça ter saudades disto? Ou será porque é bom regressar às nossas origens, reencontrar aqueles que já nos fizeram felizes um dia, retornar aqueles locais onde já fomos felizes... Penso que é um misto de tudo isto... A verdade é que não tinha vontade de regressar...nao queria voltar para junto daquilo que tanto me inquieta...mas tenho q ultrapassar essas inquitações, ir em frente... tal como o ki2, chegar a uma conclusão, à conclusao que para a frente é que é o caminho e que o que foi não volta a ser...
Na volta a vida sempre poderá ter, não uma fórmula mas sim, várias fórmulas...uma para cada situação, tal como existe uma receita para cada diferente bolo.
Eis a sua fórmula
c2 = Σ(|O-E|-1/2)2
Porque não existe uma fórmula para aplicarmos na nossa vida, como existe nos exercicios de matemática? Tanta coisa que seria facilitada...Seríamos mais felizes, acabaríamos com muitos dos problemas existentes nas nossas vidas...problemas que à luz de muita gente se resume a tretas....sim porque a noção de problema é muito relativo...Aquilo que eu entendo como sendo problemas na minha vida quando comparados com os problemas de muita gente ficarão reduzidos ao rídiculo...No entanto, são os meus problemas, as minhas preocupações, as minhas inquitações...Nas ultimas duas semanas estive afastada daquilo que entendo serem os meus problemas, as minhas inquietações, daquilo que me tira o sono e daquilo que me ocupa o pensamento quando estou no bus ou no metro... E cheguei a uma conclusão, quanto mais distantes estivermos dessas inquietações mais fácil se torna para nós. Pela primeira vez em muito tempo fui de férias tranquilamente, sem saudades daquilo que deixei para trás, de quem deixei para trás e sem vontade de voltar... Será que é porque realmente não tenho nada realmente importante que me prenda aqui, me faça ter saudades disto? Ou será porque é bom regressar às nossas origens, reencontrar aqueles que já nos fizeram felizes um dia, retornar aqueles locais onde já fomos felizes... Penso que é um misto de tudo isto... A verdade é que não tinha vontade de regressar...nao queria voltar para junto daquilo que tanto me inquieta...mas tenho q ultrapassar essas inquitações, ir em frente... tal como o ki2, chegar a uma conclusão, à conclusao que para a frente é que é o caminho e que o que foi não volta a ser...
Na volta a vida sempre poderá ter, não uma fórmula mas sim, várias fórmulas...uma para cada situação, tal como existe uma receita para cada diferente bolo.
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